eu google.com, pub-8793333535661611, DIRECT, f08c47fec0942fa0 google.com, pub-8793333535661611, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Moda de Negona: Um papo sincero (e necessário) sobre saúde mental

28 de mai. de 2018

Um papo sincero (e necessário) sobre saúde mental

Salve salve, negada bacana! Semana passada, fiz uma enquete nos stories (segue lá @modadenegona) e como a voz do povo é a voz de Deus, vamos começar a falar aqui sobre um tema importante: saúde mental. De uns tempos pra cá, esse assunto tem sido tema de vários debates já que cada vez mais temos nos deparado com pessoas que sofrem com problemas ligados a saúde mental. Mas, afinal de contas: o que é saúde mental?



Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar que permite o indivíduo usar suas próprias habilidades de maneira saudável, recuperar dos desafios e estresses do cotidiano e assim, contribuir com a sua própria comunidade. Ou seja, quando as pessoas conseguem lidar com o seu dia-a-dia de maneira que isso não lhe resulte algum transtorno ou algo ruim - mudanças de humor, ansiedade, crises de choro, entre outras coisas - significa que a saúde mental está bem. Mas, quando isso não acontece é preciso verificar quais são as causas dos problemas que afetam a saúde mental. 



Infelizmente, cuidar da saúde mental no Brasil ainda é algo cheio de estigmas e tabus. Isso faz com que muitas pessoas tenham receio de pedir ajuda ou buscar o tratamento adequado. Depressão não é apenas uma tristeza, ansiedade não é coisa de quem tá com a cabeça vazia, transtorno bipolar não é só mudar de humor bruscamente. São doenças que merecem o mesmo tratamento que se dá a qualquer outra doença. No Brasil, a OMS aponta que existem 23 milhões de pessoas com algum transtorno ligado a saúde mental e apenas 85% destas pessoas fazem o tratamento adequado. 

Saúde mental e racismo

Não podemos ignorar que o racismo é extremamente nocivo a nossa saúde mental. Em fevereiro, a revista TPM publicou uma reportagem com a psicóloga Maria Lúcia da Silva sobre a saúde mental do negro no Brasil. Para Maria Lúcia, não há dúvidas de que o racismo gera problemas de saúde mental e que isso ainda não é reconhecido por grande parte dos psicólogos brasileiros. Ela é fundadora do Instituto Amma Psique e Negritude, que atua em São Paulo. Na reportagem, Maria Lúcia fala que "não há um sujeito negro que não seja atravessado pelo racismo e que de alguma maneira, consciente ou não, vá viver efeitos produzidos pelo racismo". 

Não podemos (e nem devemos ignorar) que o racismo não é só um crime, ele também é um mal para a nossa saúde mental, resultando em vários transtornos ligados a nossa identidade, pertencimento e autoestima. 

Mas, como cuidar da nossa saúde mental? Para te ajudar neste processo, separei algumas dicas importantes.

1 - Não tenha medo de buscar ajuda

Como eu mencionei anteriormente, saúde mental está envolvida em muitos tabus. Ninguém nasceu para sofrer. Todo mundo merece ser feliz e merece ficar bem consigo mesmo. Você não é diferente! Se você tem percebido que algo não está te fazendo bem, procure ajuda para lidar com essa situação. Para muitas pessoas, a meditação auxilia bastante. Mas, existe outras formas de cuidar da sua saúde mental. A terapia é uma delas. Não tenha receio em procurar auxílio com terapeutas. Se você ainda não tem condições de pagar por esse tratamento, procure as faculdades de psicologia da sua cidade. Muitas delas oferecem terapia a baixo custo e até gratuitamente. 

2 - Busque profissionais de confiança

Tão importante quanto decidir cuidar da sua saúde mental é buscar um profissional de confiança. Procure com amigos e pessoas que já fizeram terapia ou tratamento psiquiátrico referências de profissionais. Isso é muito importante para o êxito da terapia: confiança entre paciente e terapeuta.

3 - Abrace o tratamento

Não pense que iniciar o tratamento te levará rapidamente a cura. Saúde mental, muitas vezes, envolve enfrentamentos dolorosos. Tenha consciência de que isso te levará a uma nova etapa, uma etapa melhor. Se você sente confiança em seu terapeuta (ou pela pessoa responsável pelo tratamento que você escolheu para si), cabe a você se dedicar ao tratamento. Seja pontual, seja honesto e sincero, não tenha medo de se abrir e de ouvir o que este profissional tem a dizer sobre o seu caso. 

4 - Tenha uma rede de apoio

Busque pessoas do seu ciclo que podem te dar o devido apoio neste momento. É importante ter pessoas que podem nos auxiliar em momentos delicados. Todos nós precisamos de ajuda em algum momento de nossas vidas. Saber quem são estas pessoas que podem nos ajudar nos fortalece. É também uma boa forma de mostrar para as pessoas do seu convívio qual é o seu problema e como lidar com a situação - seja com você ou com outras pessoas. 

5 - Afaste do que (e de quem) não te faz bem

Nem todas as pessoas que estão próximas a nós são pessoas que nos fazem bem. Podem ser pessoas muito próximas - como amigos e familiares - ou nem tão próximas assim - como colegas de trabalho, por exemplo. Procure formas de se proteger destas pessoas e se for possível, se afaste. Sabe aquelas pessoas que tentam minar a sua autoestima, que não te dão o apoio que você merece? Aquela pessoas que sempre minimizam as suas dores ou simplesmente, não respeita a sua luta? Mantenha essas pessoas o mais longe possível. 

Vale dizer aqui que cada uma destas dicas representam um passo que a gente dá quando diz sim para a saúde mental. Você não vai conseguir fazer todos de uma vez só e tá tudo bem. Respeitar o seu tempo também faz parte do processo. Cuidar de si é uma prova de amor. Amor por você mesma. 



"Você merece se encontrar completamente no seu ambiente, não se perder no meio dele", disse Rupi Kaur. Então, se encontre e se cuide! Se ame 💓💓

E você, como tem cuidado da sua saúde mental? Comenta aqui a sua experiência e compartilhe esse post com aquela amiga que precisa cuidar mais de si. 

Boa semana, negada!
AnaLu Oliveira
@modadenegona

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