Salve salve, negada! Tudo bem? Uma das coisas mais importantes que aprendi neste ano foi aceitar o meu corpo, lidar com as mudanças que rolaram. Principalmente, esse ano entendi que o meu corpo antes de qualquer coisa precisa me representar.
Em 2012, eu descobri que tenho resistência insulínica. É uma espécie de pré-diabetes e que exige que eu controle a glicose e faça uma dieta com algumas restrições. Na época do diagnóstico, eu fiquei com um medo imenso de ser diabética (eu ainda tenho esse medo) e fiz tudo (TUDO!) que a médica me pediu. O resultado? Perdi 18 quilos em 10 meses. Fiquei muito magra, a ponto de ser parabenizada na rua pela minha conquista. Quem não gosta de receber elogios, não é mesmo?
10 meses separam uma Ana da outra. |
O que foi bem desagradável foi ver que este corpo magro não me representava. Não nego que era bom receber elogios por ter seguido tão à risca a dieta. Mas, eu não era (e ainda não sou) só uma pessoa com problemas de glicose. O meu corpo não era só digno de elogios quando está magro. E foi horrível constatar isso quando voltei a engordar. Cobranças constantes para emagrecer novamente e uma série de críticas travestidas de conselhos preocupados com a minha saúde mexeram muito com a minha autoestima. Foi preciso olhar mais para mim mesma e entender melhor o meu corpo, entender também a mim mesma. Aceitar meu corpo foi importante para aprender a me amar.
Mas, aceitar meu corpo do jeito que ele é não inclui simplesmente me deixar levar pelo peso que eu tenho. É aceitar minhas curvas, o tamanho da minha bunda, do meu peito, minha barriga e,principalmente, aceitar a pessoa que habita esse corpo e amar o corpo que abriga essa pessoa. Sei que não é algo fácil, pra mim não foi.
Hoje, eu posso dizer que amo meu corpo do jeito que ele é. Amo e admiro muito a pessoa que sou hoje. Foi um processo longo, regado a muita terapia, choros e superação. Afinal, é uma vida inteira ouvindo que meu corpo não está no padrão, meu cabelo não está no padrão aceitável, que eu não estou em um padrão aceitável.
Amo a mulher que sou pois lutei muito para ser ela |
Em seu canal, Patrícia Avelino mostra a importância da aceitação do próprio corpo e como a filosofia do Body Positive pode contribuir com este processo de aceitação. E você, conhece o Body Positive?
Agora, me conte: o que você quando se olha no espelho? Você vê a mulher incrível e maravilhosa que és? Conte aqui qual é a sua relação com o seu corpo, negona!
Aquele abraço,
AnaLu Oliveira
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